O resultado do plebiscito, que mobilizou organizações populares e eclesiais em todo o Brasil, será anunciado nos dias 18 e 19 de outubro pelo Fórum Nacional Pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), em Brasília. A Campanha Pelo Limite da Propriedade da Terra culminou com o Plebiscito, no início de setembro. Nesse processo, a CESE - Coordenadoria Ecumênica de Serviço não só apoiou alguns projetos para mobilização popular bem como promoveu diversas atividades. A CESE mobilizou a sociedade na arrecadação de assinaturas, realizou uma oficina de sensibilização com toda a equipe, garantiu em seu site um banner da campanha com atualizações freqüentes sobre o assunto e ainda garantiu a difusão dos conteúdos em seus boletins virtuais.
No dia 03 de setembro a CESE montou uma urna na rua para coleta de votos e assinaturas. Grande parte da equipe de funcionários participou e em apenas um dia, atraiu 261 pessoas que participaram da votação. Dessas, 217 também subscreveram a Proposta de Emenda Constitucional – PEC na qual áreas acima de 35 módulos rurais seriam incorporadas automaticamente ao patrimônio público e destinadas à Reforma Agrária.
O Coordenador de Projetos, Diálogo e Formação da CESE, Dimas Galvão, considera exitosa a iniciativa de rua da CESE, não apenas pelo resultado obtido, mas, especialmente, pelo engajamento dos funcionários nesse tipo de ação. “Foi muito interessante perceber a visibilidade que a CESE ganhou na rua do bairro pela movimentação das pessoas em torno da atividade. Também foram interessantes alguns rápidos embates com pessoas que se aproximavam e se colocavam contra a proposta, mas de forma respeitosa e cidadã. Algumas, no fim, até votaram a favor da limitação da propriedade. “Isso tem a ver com o perfil de grande parte dos moradores do bairro, que é das classes A e B”, declara.
Dimas reforça a importância do contato direto da equipe com o público numa ação desse tipo porque, além de gratificante, é uma boa oportunidade para falar do trabalho da CESE e da luta dos movimentos sociais; para abordar a temática dos direitos e defender algumas causas, como essa da campanha pelo limite da propriedade terra. “Entendo que o nosso engajamento no Plebiscito - e tantas outras atividades - são importantes para fortalecer as causas que a CESE defende. Essa experiência e apoio no fortalecimento das lutas sociais é a razão de existir da CESE, por isso, não podem ser percebidas como meramente facultativas. Participar disso é parte do nosso trabalho”, declara o coordenador.
Sobre o Plebiscito
O plebiscito popular, além de consultar a população sobre a necessidade de se estabelecer um limite máximo à propriedade da terra, teve a tarefa de ser um importante processo pedagógico de formação e conscientização sobre a realidade agrária e de debater sobre qual projeto se defende para o povo brasileiro.
O plebiscito terminou, mas quem não participou ainda pode exercitar sua cidadania subscrevendo a PEC on-line, disponível no site www.limitedaterra.org.br até o final deste ano.
Outras parcerias Além das 54 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, também se engajaram ativamente na Campanha pelo Limite da Propriedade da Terra o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Pastorais Sociais da CNBB, Assembléia Popular (AP) e o Grito dos Excluídos, dentre outros.
Fonte: Cese
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