O espírito “Mein Fuher” baixou de vez em José Serra e ele, acredite, atacou a cobertura da imprensa na suposta quebra de sigilo fiscal de sua filha e de alguns tucanos.
Apesar de todo o esforço dos jornais, rádios e emissoras de TV em dar ao assunto ares de conspiração para derrotá-lo – como se ele já não estivesse, faz tempo derrotado e sustentado apenas pelas pesquisas e pela mídia – Serra não está satisfeito, quer mais. Quer que apenas ele seja ouvido, que suas versões dos fatos sejam as únicas, que ninguém o conteste.
“O PT sempre faz assim. Eles aprontam, fazem algo sujo e depois vêm com a outra versão, alguma versão fantasiosa, alguma loucura, e a imprensa pega e fala: aí tem dois lados. Aí não tem dois lados, aí tem o lado da verdade e o lado da calúnia, da fraude, do crime contra a Constituição”, disse ele, em São Paulo, como registrou a Folha.
Embora toda a mídia lhe seja favorável, parece que Serra só quer imprensa igual à da entrevista do Jornal Nacional, na base daquele “me perdoe” para com ele e fogo inclemente contra Dilma.
Serra, você precisa se conformar com o fato de que a ditadura do “pensamento único” já era. Não tem mais o tempo em que o “Dr. Roberto” escolhia o presidente. Voltamos a ter o contraditório, nem tanto por gosto dos jornalões, mas porque agora temos a internet atingindo milhões de brasileiros.
PS. Sobre este tema, recomendo a leitura do post do professor da Universidade de Tulane, Nova Orleans, Idelber Avelar, no seu Biscoito Fino e a Massa, em que trata do tema com grande agudeza e, ainda, me honra com uma gentil citação.Fonte: Tijolaço.
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