Os ministros de Finanças do G20 (grupo que reúne os países ricos e os principais emergentes) chegaram neste sábado a um acordo para a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que outorgará mais poder de decisão aos países emergentes.
Na reunião do grupo na cidade sul-coreana de Gyeongju, que contou com a presença do diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, a União Europeia decidiu ceder dois dos nove assentos a que tem direito no diretório do organismo, composto por 24 membros. Ainda não há definição, no entanto, de como serão distribuídas essas duas cadeiras.
Há um ano o G20 acordou em transferir 5% dos direitos de voto no órgão de decisão do FMI às nações emergentes.
Segundo fontes consultadas pela Agência Efe, o FMI, que se reunirá nas próximas semanas para ratificar a decisão, buscava este acordo antes de finalizar a reunião na Coreia do Sul, que começou na sexta-feira e termina neste sábado com um comunicado conjunto.
A expectativa é que no documento os países industrializados e os emergentes façam uma chamada contra os desequilíbrios derivados das políticas cambiais.
É praticamente um consenso que a chamada "guerra de divisas", pela qual alguns países emergentes tentam atrair fluxos de capital, põe em perigo a recuperação mundial ao alimentar a volatilidade nas taxas de câmbio e ser fonte de incerteza.
Fonte: Folha
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