29/04/2011

Thor estréia hoje nos cinemas, veja crítica do filme

O Deus do Trovão chegou aos cinemas. Thor entra em cartaz dando continuidade à cronologia da Marvel, iniciada em Homem de Ferro, no qual vários super-herois terão suas origens contadas para que possam ser vistos juntos no aguardado Os Vingadores, cujas filmagens foram iniciadas nesta semana.

Desta forma, é a chance de conhecer na telona o mundo de Asgard, governado por Odin (Anthony Hopkins) e que tem Thor (Chris Hemsworth) como futuro soberano. Saber também como o personagem conheceu a cientista Jane Foster (Natalie Portman) e se aproximou da Terra. Além de ver onde a S.H.I.E.L.D. entra nesta história, que envolve seres até então considerados mitológicos.

Thor MARTELADA NA AÇÃO


por Roberto Cunha
O que é mais importante para uns em filmes de heróis dos quadrinhos pode não ser para outros. Enquanto o fã, na maioria das vezes, espera que a adaptação seja a mais fiel possível, aquele que nunca viajou pelas páginas coloridas ou viu os saudosos desenhos (quase) animados dos anos 70, espera apenas entender o filme e se divertir. E esse é, sem sombra de dúvida, o mérito desta aventura baseada no personagem da editora Marvel. É perfeitamente possível para o leigo entender a trama carregada de mitologia nórdica, de nomes estranhos, guerras, deuses e herdeiros. Para isso, claro, vai ter que se deixar mergulhar na fantasia depois da didática e oportuna pergunta inicial: "de onde ele vem?".


Na história, Thor (Chris Hemsworth) estava prestes a receber o comando do reino supremo de Asgard das mãos de seu pai Odin (Anthony Hopkins), quando forças inimigas quebraram um acordo de paz. Disposto a se vingar, o jovem guerreiro dá início a um conflito entre os povos, desobedecendo o rei, que indignado com a atitude do filho acaba retirando seus poderes e o expulsando para a Terra. Lá, ele conhece uma cientista (Natalie Portman) que vai ajudá-lo na luta para recuperar o lendário e poderoso martelo das mãos de agentes do Governo e poder retornar para o seu lar. Enquanto isso, o ciumento irmão Loki (Tom Hiddleston) tem um plano maligno para que isso não aconteça e ele possa assumir – definitivamente - o poder de seu pai. Com esse conflito shakespeareano, coube ao ator e diretor Keneth Branagh, que é influenciado pelo bardo inglês, pilotar essa aventura distante de suas experiências anteriores, como Hamlet.


Thor tem efeitos especiais, humor, cenários grandiosos e música no clima, mas o ritmo, às vezes, fica mais lento. O roteiro, no entanto, é redondo e tem vários detalhes, como a rápida aparição do personagem Barton/Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), além do próprio Stan Lee, criador dos famosos heróis fazendo uma ponta de motorista de pick up. Coisas que vão fazer a alegria dos amantes do gênero. Para essa turma, aliás, uma dica importante: fique até o fim dos créditos porque tem uma cena adicional que vai conectar este filme com Os Vingadores, previsto para maio de 2012.


Assim, exibido em cópias 2D e 3D (totalmente irrelevante), o resultado final é positivo, mesmo não batendo tanto na tecla da ação como outras produções “irmãs” já fizeram. O lado negativo é que, para alguns, esse ponto pode ter sido uma martelada mal dada. Mas aí só o tempo dirá, uma vez que o filme estreia aqui antes do que nos Estados Unidos.

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