1930. Tempo de maré agitada, de ondas fortes, no Brasil. O estudante Jorge Amado já não é a criança carregada da fazenda onde nasceu para a cidade de Ilhéus; nem o jovenzito irrequieto que acabou fugindo do internato do Colégio Antonio Vieira, em Salvador, para se refugiar na casa da avó, na cidade sergipana de Itaporanga. Está morando agora no Rio de Janeiro, onde faz o curso de Direito. Mas é, ainda, um adolescente. E, aos 18 anos de idade, acaba de escrever o seu primeiro romance. No ano seguinte, o volume vem à luz. Chama-se O país do Carnaval. É a estréia literária do autor. Bem recebido pela crítica e pelo público, Jorge Amado fala, nesse livro, de uma juventude plena de inquietude, numa ansiosa e mesmo angustiada busca de verdades e caminhos. Trata-se, em suma, de um retrato geracional — tecido a partir das rondas de Paulo Rigger pelas rodas boêmias e literárias da Cidade da Bahia, em inícios do século XX. No final, insatisfeito e desencantado, marcado por uma renúncia preconceituosa à chegada do amor, Rigger embarca, no porto do Rio de Janeiro, com destino à Europa. Leva com ele as suas dores, deixando atrás de si uma cidade alucinada pelos ritmos e brilhos do carnaval.
Histórico
O primeiro romance de Jorge Amado teve sua redação concluída no Rio de Janeiro, em dezembro de 1930, e sua 1ª edição, pela Schmidt Editor, Rio de Janeiro, em setembro de 1931, com 217 páginas, mil exemplares, e carta-prefácio do poeta Augusto Frederico Schmidt. A 2ª edição, com tiragem de dois mil exemplares, é de julho de 1932. Depois de ser reeditado pela Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, a partir de 1941, passou a ser editado pela Livraria Martins Editora, São Paulo, integrando, com os romances Cacau e Suor, o primeiro tomo da coleção “Obras Ilustradas de Jorge Amado”, volume I, capa de Carybé e ilustrações de Darcy Penteado.
A partir da 30ª edição, 1976, vem saindo pela Editora Record, Rio de Janeiro, com capa de Di Cavalcanti, ilustrações de Darcy Penteado, retrato do autor por Flávio de Carvalho e foto do autor por Zélia Gattai, em volume separado, com 183 páginas. Em 1999, foi publicada a 49ª edição.
Foi publicado em Portugal e traduzido para o espanhol, francês e italiano.
Outras Capas:
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