Mais uma vez, a Devassa conseguiu emplacar um hit pré-carnaval. A angelical Sandy assumiu o posto deixado pela provocante Paris Hilton como musa da cerveja e deu o que falar. Com a improvável substituição, a marca ganhou espaço na mídia e tornou-se um dos assuntos mais comentados da semana. Mas o que a cantora ganha associando sua tradicional imagem de boa moça a uma libidinosa marca de cerveja?
De saída, 1 milhão de dólares. Este o valor que, especula-se, a cantora teria recebido para ser garota-propaganda da campanha durante um ano. São 300 mil dólares a mais do que a internacional Paris Hilton teria cobrado pelo mesmo trabalho e bem acima do valor médio que uma celebridade do “calibre” de Sandy valeria normalmente, segundo fontes do mercado publicitário.
O suposto cachê de Sandy é equivalente ao das celebridades mais bem pagas do mercado brasileiro, como Ivete Sangalo e Luciano Huck, que costumam cobrar 2 milhões de reais por campanhas com a mesma duração. O valor também estaria bem acima do que personalidades que estão em alta – como Wagner Moura e Claudia Leite – embolsam para emprestar suas imagens a uma marca por um ano – em torno de 1 milhão de reais.
Em resumo, em qualquer outro contexto, 1 milhão de dólares seria muito para pagar por Sandy, que não chega a ser uma celebridade B, mas que deixou para trás o auge da sua carreira há muito tempo. O que justifica o alto cachê pago à cantora é justamente o fato de a campanha supostamente colocar em “xeque” sua imaculada reputação, associando-a a uma marca que representa o oposto da imagem casta e comportada que sempre lhe foi atribuída.
Mas, para os especialistas, Sandy tem muito mais a ganhar do que perder com a jogada. Em primeiro lugar, ação a trouxe de volta aos holofotes. “Fazia tempo que ela não tinha essa exposição toda. Desde fim da dupla com o irmão, o momento de maior destaque dela na mídia foi o casamento”, aponta Marcos Bedendo, professor de gestão de marcas da ESPM. “É uma relação de ganha-ganha. O nome dela voltou com tudo”, reconhece Augusto Cruz Neto, diretor da Mood, agência responsável pela campanha.
Mais do que isso, a campanha reforçou uma ideia que a própria cantora vinha tentando emplacar em entrevistas, na repaginação do seu visual e até em uma de suas músicas (“Discutível Perfeição”): a de que não é a “santinha” que todos imaginam. “Associar-se a uma marca transgressora e sensual pode ser positivo para esta nova fase da carreira dela. As grandes divas pop, como Lady Gaga, Kate Perry e Madonna, trazem uma imagem de ruptura, de contravenção”, opina Bedendo.
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