Por Juca Kfouri*
Por incrível que pareça, o Real Madrid pôs o Barcelona no bolso no primeiro tempo da decisão da Copa do Rei, em Valencia.
O jogo só ficou no 0 a 0 porque a trave salvou uma cabeçada sensacional de Pepe, aos 43 minutos, depois que Ozil e Cristiano Ronaldo pintaram e bordaram pela direita do ataque madridista.
Verdade que Pepe nem deveria mais estar em campo, porque o árbitro amarelou ao não lhe mostrar um segundo cartão amarelo que mereceu minutos antes.
Assim como, covardemente, deixou passar um pisão de Arbeloa e David Villa, que deveria ter valido um cartão vermelho sem contemplação.
Mas o Real Madrid foi tão melhor que o Barcelona até ligação direta andou fazendo, porque a marcação adiantada do time merengue impediu que os catalães impusessem seu famoso toque de bola.
A dúvida, para o segundo tempo estava em saber se o Real teria pulmão para manter o domínio e a marcação implacável.
E não teve.
O que deu ao Barça a iniciativa e o domínio da etapa complementar, apesar da surpreendente má jornada de Xavi e Iniesta.
Aos 70, Özil que fizera ótimos 45 primeiros minutos, saiu para dar lugar a um centroavante-centroavante, o togolês Adebayor.
Mas só dava Barça, mesmo que não tão agudo como o Real havia sido.
Aí, Messi começou a jogar e a deixar Pedro na cara do gol, além de exigir defesas de Casillas.
Cristiano Ronaldo desapareceu do jogo, ele que teve uma chance de ouro no começo da partida.
E Di Maria teve outra, aos 90, em grande defesa do goleiro catalão Pinto.
E veio a prorrogação.
O empate era justo pelos 90 minutos, mas o 0 a 0 não espelhava a emoção do clássico, mesmo que tenha sido daqueles que o torcedor não reclama.
Será que não era de Mourinho botar Kaká em campo para tentar akakabar com o time kakatalão?
A primeira grande chance da prorrogação foi de Cristiano Ronaldo em lançamento de Xabi Alonso, aos 97.
E a segunda, cinco minutos depois, veio de cruzamento de Di Maria na cabeça de Cristiano Ronaldo que não perdoou, num verdadeiro chute com o cocoruto. Um golaço!
Que valeu ao Real o título da Copa do Rei e a certeza de que poderá jogar as semifinais da Liga dos Campeões de igual para igual.
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