30/05/2011

Mais 50 genéricos chegam ao mercado brasileiro em 60 dias



Nos próximos 60 dias, mais 50 medicamentos genéricos devem ser liberados para lançamento no mercado. Nesse período, os pedidos de registro desses remédios serão analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a consequente autorização para sua chegada às farmácias. A previsão é do diretor presidente da agência reguladora, Dirceu Barbano. A lista inclui medicamentos para tratamento de pressão alta, colesterol, esquizofrenia, depressão e câncer.

Os genéricos são em média 50% mais baratos do que os medicamentos de referência.
A previsão otimista de Barbano é justificada pela nova postura da Anvisa em dar prioridade a determinados pedidos de registros desde o começo do ano. Em primeiro lugar, serão analisados os pedidos de genéricos novos, cujas patentes expiraram recentemente e apenas os de referência estão à venda no mercado.

Em seguida entram nessa lista de prioridade os medicamentos com pouca concorrência e, por fim, os que são alvo de compra pública para que haja aumento da concorrência no setor e barateamento do preço.

 “Fazemos esse processo de identificação e passamos a tratar esses pedidos como análise prioritária”, afirma Barbano. A medida da Anvisa reflete em mais rapidez na liberação dos genéricos. Antes, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) chegou a apontar demora de até 15 meses para uma análise de um registro que deveria levar até 90 dias.

E os números mostram que o procedimento está dando resultado. A Pró Genéricos estima um aumento de 73% no número de novos registros no primeiro trimestre de 2011 ante o mesmo período do ano anterior. Só até o dia 15 de abril, foram registrados 67 medicamentos.

Crescimento do mercado

Os genéricos aumentam cada vez mais sua fatia no mercado farmacêutico. O setor alcançou 24,1% de participação no primeiro trimestre ante 20,6% em igual período do ano passado. O objetivo é atingir 30% de participação até o fim de 2012.

As vendas continuam em alta. Foram comercializadas 123,7 milhões de unidades de janeiro a março deste ano – um crescimento de 32% em relação ao ano passado.

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