A falta de hábito das pessoas em se alimentar corretamente pela manhã pode prejudicar desempenho no trabalho e na escola. Para ser considerada ideal, a primeira refeição do dia precisa ter pão com frios, leite com café ou achocolatado com açúcar, suco de laranja e uma fruta.
O foco do evento foi o café da manhã dos brasileiros e a importância da ingestão de carboidratos na primeira refeição do dia. Segundo a pesquisa “Hábito do consumo do café da manhã por adolescentes de escolas públicas e privadas”, realizada por Eliana Cristina de Almeida, menos de 30% da população realiza uma primeira refeição completa.
Esta é uma das conclusões do evento Estilos de Vida Saudáveis, promovido pela Abima ( Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias) e realizado pela ILSI (International Life Sciences Institute).
O café da manhã representa 25% da fonte de energia necessária para enfrentar a jornada escolar ou de trabalho, mas não faz parte dos hábitos da grande maioria dos brasileiros.
Pesquisas apresentadas pela nutricionista e especialista da UNIFESP, Camila Leonel Mendes de Almeida, mostram que a falta dessa refeição entre crianças e adolescentes provoca dificuldade de concentração, atraso no aprendizado, hipoglicemia, inadequação dietética e maior dificuldade em atingir as necessidades nutricionais de cálcio e vitamina D, além de outros micronutrientes.
No universo corporativo, a falta de um café da manhã saudável pode contribuir para quadros de exaustão emocional, como fadiga intensa, falta de forças para enfrentar o dia de trabalho e sensação de estar sendo exigido além de seus limites emocionais; despersonalização, ou seja, distanciamento emocional e indiferença em relação ao trabalho; e diminuição da realização pessoal, com falta de perspectivas para o futuro, frustração e sentimentos de incompetência e fracasso.
De maneira geral, os motivos que afastam o brasileiro da mesa no início do dia são a pressa, medo de engordar, falta de costume, falta de fome, entre outros.
A professora doutora Elizabeth Wenzel Menezes, da USP (Universidade de São Paulo), fez uma das abordagens mais interessantes do encontro. Intitulada “Carboidratos e fibra alimentar: resposta glicêmica” a apresentação mostrou que os carboidratos produzem respostas glicêmicas variadas e que alimentos com baixo índice glicêmico (IG ≤ 75% ) são aqueles que permitem um lento aumento da glicemia e que são fonte de energia gradual e por longo tempo.
“Neste grupo classificamos desde pão de forma light, de cenoura, e o pão de 7 grãos; macarrão espaguete cozido, aveia em flocos, até farelo de aveia e outros”, diz Elizabeth.
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