Para tentar salvar a tradicional “guerra de espadas”, realizada no período junino, vereadores do município de Cruz das Almas, a 146 quilômetros de Salvador, aprovaram na segunda-feira, 20, em caráter de urgência, uma lei que disciplina esta prática na cidade.
Aprovada por unanimidade, a lei prevê a realização da queima de espadas nos dias 23 e 24 de junho. Mesmo assim, o promotor de Justiça Christian de Menezes afirmou que juridicamente essa lei não muda a proibição da queima da espada, determinada pela justiça na semana passada.
“Esse arranjo em nada vai interferir na proibição da queima. Porque eles não podem regularizar uma prática considerada criminosa pela legislação federal”, argui Christian de Menezes. Ainda de acordo com o promotor, o Ministério Público tentou conversar a respeito de a prefeitura disciplinar um local específico para a guerra de espadas, fora do âmbito urbano, mas sem sucesso. Para Menezes, o município deve organizar a queima e, depois, estruturar um lugar para a prática.
De acordo com Maurício Medeiros, assessor de Comunicação da Prefeitura de Cruz das Almas, o município, com a sociedade civil, vai recorrer nesta terça-feira, 21, ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). “A prefeitura está tentado resolver essa questão e vai buscar derrubar essa ação criminal junto ao Tribunal de Justiça”, garantiu.
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