08/07/2011

As maldades de Ricardo Teixeira


Ricardo Teixeira quase não fala. Melhor ficar quieto, talvez por instrução de algum advogado. Mas, de vez em quando ele não aguenta. Sei lá em que estado, ele deu uma entrevista para a boa revista Piauí. E foi extremamente chulo. Ou deixou cair a pose. Dentre outras baixarias fez algumas ameaças com relação a 2014, ano da Copa dele, aqui no Brasil. Disse que pode ser malvado. Muito mesmo, principalmente com a imprensa, que o critica. E ele é perigoso mesmo. O que não faltam são maldades na vida esportiva dele. Começando por 1989, quando assumiu a Confederação de Futebol, sem sequer saber que jogavam onze de cada lado. Aí enfiou Sebastião Lazaroni para dirigir a seleção na Copa da Itália. Depois foi fechando o cerco e ganhando confiança. Após o título Mundial nos Estados Unidos ajudou a encher um avião de muambas e sem poupar as maldades obteve a liberação de tudo, mesmo às custas do cargo do diretor da Receita Federal. Traquinas, seguiu engolindo eleições, acumulando tempo no poder. Aliás, ampliando. Na Fifa foi um terror. Diz Andrew Jenning, no seu maravilhoso livro Jogo Sujo, que teria até devolvido dinheiro de propinas, à Justiça Suiça para evitar maiores dificuldades. E tudo ficou bem, aliás, como nas CPIS, que abafou em Brasília, com certa dose de maldade e muito de esperteza. Lembro ainda dos rostos desesperados de brasileiros na França, que foram assistir a Copa, pagaram e não receberam seus ingressos da CBF. Que maldade. E também ficou por isso mesmo. Entre concorrências estranhas transformou o Campeonato Brasileiro em pólo de poder, tirando da frente qualquer um, que não lhe lambesse as botas. Conseguiu uma Copa do Mundo para se divertir e investir. Flertou com a oposição da Fifa, porém seguiu ao lado de Blatter, que, na maldade, ele quer derrubar em breve. E não se cansa de cobrar obras do jeito que a Fifa quer, mesmo que isso nos custe os tubos e talvez até problemas na nossa hoje equilibrada economia. Arrebentou o Clube dos 13, que ousou não obedecê-lo e promete muito mais, agora contra os jornalistas, que o criticam, como já dissemos. Danadinho. Como cantava Roberto Carlos nos anos 60, “essa é a história de um homem mau”. Louco para fazer maldades. Que medo, o que estará ele planejando agora contra nós? Minhas próximas noites serão mal dormidas.(Flavio Prado-Gazeta Esportiva)

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