Violência, corrupção, mudanças de valores? Saiba como a psicologia pode lhe ajudar a entender a realidade do século XXI.
Embora, historicamente, registrada no universo acadêmico como uma profissão da área de humanas a psicologia sempre teve sua prática enraizada ao campo da saúde. Grande parte do que a Psicologia tem sido está ancorada no estudo do desvio, do patológico, colocando inclusive, a profissão identificada com uma visão conservadora de saúde.
Em 1986, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passa a conceber oficialmente a saúde a partir de um modelo multicausal e definida como estado de bem-estar físico, mental e social. Esta concepção, mesmo que de forma retórica e ideológica, põe em evidência uma concepção de homem que prioriza sua natureza social, definido a partir de sua complexidade, o que envolve uma história, um tempo sócio-histórico, uma singularidade, um contexto, um corpo biológico e um sistema de símbolos ao qual a subjetividade se ancora.
Ainda no final do século XX, a Organização Internacional do Trabalho identifica a Psicologia como uma das 14 profissões de saúde no mundo, possibilitando - mesmo que ainda de forma tímida - que as ações da psicologia possam se configurar no campo da prevenção e da promoção da saúde independente do contexto em que o psicólogo esteja inserido.
Historicamente, o modelo tradicional de ação do psicólogo teve seu papel definido a partir da intervenção focada no indivíduo, no que era da ordem do intra-psíquico e sua história. A natureza curativa da psicologia a estabiliza como profissão e sua importância passa a ser indiscutível. Mas o mundo mudou , assim como as formas de subjetivação e o campo da saúde mental, no qual a psicologia floresceu, aproximado gradativamente a psicopatologia ao modelo médico-biológico, de sintomas e síndromes que colocam o trabalho psicoterapêutico submetido à concepção tradicional de saúde - como ausência de doença - onde a ideia de história de uma subjetividade, articulada com o eixo temporal e contextual vai caindo no silêncio e no esquecimento e os psicofarmacos (remédios) passam a assumir o papel terapêutico preponderante em relação ao trabalho com o fenômeno psíquico.
O mundo contemporâneo, em sua natureza complexa, volátil, urgente, demanda da psicologia o desenvolvimento de novos modelos de ação que privilegiem intervenções em grupos, em contextos, com caráter interdisciplinar e preventivo.
Quando o fazer-do-psicólogo pode estar identificado com a concepção de promoção de saúde, é possível romper com o modelo conservador de saúde e examinar o campo social de forma crítica. Na atualidade pode-se observar uma oposição à exagerada exacerbação da interioridade do século XX - que fazia a psicologia excluir o corpo e a sociedade do seu discurso - e testemunha-se a estetização da existência. Na cultura do narcisismo e do espetáculo, glorifica-se o eu, o individualismo e a exterioridade; as doenças se legitimam como forma de subjetivação e o saudável, o salutar, vai se transformando em exigência exterior, em sofrimento para a sociedade.
Ainda no final do século XX, a Organização Internacional do Trabalho identifica a Psicologia como uma das 14 profissões de saúde no mundo, possibilitando - mesmo que ainda de forma tímida - que as ações da psicologia possam se configurar no campo da prevenção e da promoção da saúde independente do contexto em que o psicólogo esteja inserido.
Historicamente, o modelo tradicional de ação do psicólogo teve seu papel definido a partir da intervenção focada no indivíduo, no que era da ordem do intra-psíquico e sua história. A natureza curativa da psicologia a estabiliza como profissão e sua importância passa a ser indiscutível. Mas o mundo mudou , assim como as formas de subjetivação e o campo da saúde mental, no qual a psicologia floresceu, aproximado gradativamente a psicopatologia ao modelo médico-biológico, de sintomas e síndromes que colocam o trabalho psicoterapêutico submetido à concepção tradicional de saúde - como ausência de doença - onde a ideia de história de uma subjetividade, articulada com o eixo temporal e contextual vai caindo no silêncio e no esquecimento e os psicofarmacos (remédios) passam a assumir o papel terapêutico preponderante em relação ao trabalho com o fenômeno psíquico.
O mundo contemporâneo, em sua natureza complexa, volátil, urgente, demanda da psicologia o desenvolvimento de novos modelos de ação que privilegiem intervenções em grupos, em contextos, com caráter interdisciplinar e preventivo.
Quando o fazer-do-psicólogo pode estar identificado com a concepção de promoção de saúde, é possível romper com o modelo conservador de saúde e examinar o campo social de forma crítica. Na atualidade pode-se observar uma oposição à exagerada exacerbação da interioridade do século XX - que fazia a psicologia excluir o corpo e a sociedade do seu discurso - e testemunha-se a estetização da existência. Na cultura do narcisismo e do espetáculo, glorifica-se o eu, o individualismo e a exterioridade; as doenças se legitimam como forma de subjetivação e o saudável, o salutar, vai se transformando em exigência exterior, em sofrimento para a sociedade.
O psicólogo promotor de saúde deve desenvolver competências técnicas, mas também humanas e éticas, de forma que possa reconhecer e lidar com os aspectos físicos, sociais e subjetivos envolvidos no processo saúde-doença. Suas ações devem estar voltadas para a assistência, para o desenvolvimento de ações preventivas, mas acima de tudo para interceder pelo desenvolvimento das potencialidades de vida de sujeitos, comunidades ou organizações.
Hoje, no Brasil, a Psicologia se coloca no campo da interdisciplinaridade e configura-se enquanto ciência e profissão comprometida com os direitos humanos, com as transformações sociais.Então pode-se afirmar que o psicólogo precisa estar identificado com um perfil de educador-pesquisador, o que lhe permite responder como mediador de relações e cuja intervenção parta da formulação de questões da escolha de metodologias e da certeza de não saber sobre a verdade do outro ou do contexto em que está inserido, mas quer saber. Nesse lugar de quem deseja saber o psicólogo, enquanto profissional de saúde, tem como objetivo primordial compreender como é possível, através de intervenções psicológicas, contribuir para a melhoria do bem-estar dos indivíduos e das comunidades e organizações.
Nessa perspectiva, abre-se para a psicologia um vasto campo de atuação profissional quer ao nível dos serviços públicos (hospitais, escolas, Secretarias, Órgãos Públicos Reguladores ou de assistência, Centros de Atenção Psicossociais, Centros de Assistência Social, Universidades) , quer ao nível de serviços privados (consultórios, clínicas, empresas, escolas , universidades) e Organizações não Governamentais – ONGs de natureza social. Podem trabalhar nas áreas do ensino, formação e como pesquisadores. Em qualquer caso, trabalhará sempre junto, ou em parceria, com outros profissionais e deve preservar as ações interdisciplinares, pois sua prática refere-se sempre a um lugar de mediação.
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