16/09/2011

Feira de Santana: desenvolvimento

A Bahia, por causa de sua formação geográfica característica, divide-se em duas regiões distintas e desiguais. A primeira é a estreita planície costeira, ou seja uma área agrícola bastante rica, onde caem pesadas chuvas no inverno. Este cinturão tropical estende-se ao longo da orla marítima, de norte a sul e varia em largura de dez a cinquenta milhas. Conquanto compreenda somente uma pequena fração da área total da Bahia, contém mais do que uma quarta parte da população do Estado, a maioria da qual vive na cidade de Salvador (capital do Estado) e nos municípios ao redor da baía de Todos os Santos. Essa pequena área domina o Estado, econômica, política e socialmente.

A segunda das duas regiões da Bahia é o sertão, um vasto planalto semi-árido que cobre a maior parte do interior do Estado. É uma terra de sêcas periódicas, de invernos frios, compridos e sem chuva, de verões quentes, apenas interrompidos por trovoadas ocasionais. A economia do sertão baseia-se, especialmente, na criação de gado. Nestas circunstâncias não é de estranhar que haja poucas grandes cidades em toda a região.

Feira de Santana localiza-se favoravelmente entre o sertão e a costa, a mais ou menos 108 quilômetros da cidade do Salvador, utilizando-se a rodovia federal BR-324. Feira de Santana está numa elevação de 256 metros (aproximadamente 800 pés) situa-se numa porção de Planalto interior que alcança quase até a baía de Todos os Santos. Por outro lado, os vales dos rios Pojuca e Jacuípe, que atravessam o município a leste e a oeste, respectivamente, da cidade, são projeções, para o interior, dos solos profundos e ricos da planície costeira. Situação semelhante observa-se em relação às chuvas. Os padrões da região costeira e do interior modificaram-se para formar um terceiro tipo de Feira de Santana. A não ser durante os anos de sêca, o município tanto é beneficiado com as chuvas moderadas do inverno, vindas do oceano Atlântico, como pelas trovoadas de verão, que se origina no sertão.

A posição geográfica de Feira de Santana, a meio caminho entre a costa e o interior, reflete-se na economia do município. Tal como no sertão propriamente dito, a criação de gado está grandemente desenvolvida e por muitas décadas a cidade sustentou a fama de uma das mais concorridas feiras de negócios de gado no Brasil. Ao mesmo tempo, a combinação da topografia típica, com diferentes solos e chuvas moderadas permitiu uma ampla variedade de produção agrícola tropical e semi-tropical, em Feira de Santana. A população crescente no município exige um consumo local cada vez mais pronunciado de gado e de produtos agrícolas, enquanto a proximidade das cidades costeiras assegura aos criadores e agricultores um mercado imediato para os excedentes.

Conquanto uma parte considerável da sua prosperidade seja uma consequência do clima favorável, Feira de Santana deve a importância presente, em razoável proporção, à posição estratégica, visto que se localiza como a principal cidade na estrada-tronco que liga a Capital ao interior. Desde os dias pioneiros dos primeiros estabelecimentos da Bahia, a economia do Estado se orientou para a cidade de Salvador. Por ter um grande pôrto, Salvador foi e é o principal mercado para os produtos do sertão, bem como de lá procedem as mercadorias de fabricação nacional ou estrangeira. E desde que cinco das seis rodovias principais entre a cidade de Salvador e o sertão passam por Feira de Santana, também passa através do município o grande volume de tráfego entre o interior e a costa. Saiba mais.
Fonte: Feira de Santana - Rollie E. Poppino

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