Em um dos muitos trailers do filme Bahêa Minha Vida, a cena final é do torcedor Rubi Confete, 53 anos, sentado no quintal de sua casa. Ele diz: “O Bahia tando jogando e ganhando, Ave Maria, você pode passar uma semana com fome, mas vai passar com amor” e bate no peito.
Bastou a propagação do trailer via internet para que Rubi passasse a ser reconhecido nas ruas da cidade pelo amor ao Esquadrão. “Rapaz, fica todo mundo me perguntando quando é que o filme vai passar, mas eu também não vi ainda”, conta o torcedor, famoso por ir ao estádio com seu megafone e pela sua gargalhada.
A espera acabou, então. O documentário estreia hoje nos cinemas da cidade e Rubi é um dos torcedores que estão nele, além de ex e atuais jogadores, jornalistas e pesquisadores.
Fome
Sem emprego fixo, Rubi tira grana fazendo bicos com seu megafone. Ele reafirma: se pinga um dinheirinho, o Bahia primeiro, depois o estômago. “Tô aqui comendo pão e salada, porque sempre quero ver meu Bahia”, garante.
Ele relembra a história do último jogo do Bahia em casa, contra o Atlético-PR, quando saiu de casa só com o dinheiro do ingresso. “Entrei no ônibus pela frente, o motorista fez uma cara feia da porra. Aí eu disse ‘sou Bahêa, quero ver meu time!’. Ele não quis conversa, mas um passageiro pagou pra mim. Comprei meu ingresso, vi o jogo e, na volta, enrolei o outro motorista”, conta. “O Bahia ganhou por 1x0, sou pé-quente!”, se enche. E quem duvida desse amor?
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