20/09/2011

Paciência do torcedor corithiano se esgotou!

Corinthians treina com polícia na porta e protesto contra Tite

Felipe Held / Direto de São Paulo

O último treino do Corinthians antes do clássico de quarta-feira contra o São Paulo no Morumbi começou de maneira tensa. Uma base móvel da Polícia Militar estava instalada na frente do CT Dr. Joaquim Grava, precavendo um protesto de torcedores. Depois da entrada do ônibus com os jogadores ao centro de treinamento, membros de uma torcida organizada estenderam faixas em um protesto inicialmente pacífico.

Os torcedores chegaram cerca de dez minutos após os jogadores e estenderam três faixas na entrada do CT. Em uma delas, lia-se: “precisa-se de técnico de futebol profissional. Pré-requisitos: visão de jogo, esquema tático, liderança… e sede de vitórias!”. Outra ironizava um slogan do marketing da equipe, dizendo que “são mais de 30 milhões de corações corintianos indignados”.

A última faixa pedia raça e vitória no jogo desta quarta. Ela continha um desenho de uma sinalização de trânsito com a inscrição: “Pare! Acabou a paciência. Que seja a ‘última’ derrota. Queremos empenho total na quarta (ou seja, amanhã). Essa é a hora, quem quiser ficar que fique de coração. Camisa 12 adverte: vai pra cima delas, Timão”.

Na chegada do ônibus corintiano, com todos os atletas, havia apenas um torcedor no local, que pediu, irritado: “vamos jogar bola”. No último domingo, a equipe alvinegra perdeu o clássico contra o Santos, no Pacaembu, e caiu para a terceira colocação no Brasileiro.

Depois da entrada dos jogadores e que as faixas foram estendidas na porta do CT, alguns poucos “reforços” chegaram para o protesto, mas não causaram confusão. Precavida, a Polícia Militar enviava frequentemente viaturas, que entravam e deixavam rapidamente o centro de treinamento.

O único princípio de confusão se deu quando um funcionário do clube alvinegro se dirigiu à porta do CT para conversar com os torcedores. Em protesto, um exaltado fã deu duas caixas de uísque – aparentemente vazias – pedindo para entregar aos “jogadores cachaceiros”.Há exatas duas semanas, em 6 de setembro, o Corinthians havia treinado sob outro protesto. Na ocasião, torcedores invadiram o CT com faixas reclamando dos preços dos ingressos e de jogadores “baladeiros”.

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