29/09/2011

Seleção venceu e convenceu

O mais bonito do primeiro tempo em Belém aconteceu antes do primeiro tempo em Belém: a torcida cantando à capela o hino brasileiro.

De arrepiar.

O mais feio do jogo em Belém foi o areião do Mangueirão, porque aquilo não é gramado nem aqui nem no deserto do Saara.

Uma vergonha digna da CBF que nem sequer olha para esses “detalhes”, preocupada apenas em seus acertos políticos.

Mas a Seleção foi bem melhor que no jogo em Córdoba, Lucas foi o destaque dos primeiros 45 minutos e houve apenas uma chance clara de gol, quando Borges, também bem, deu para Neymar embaixo da trave e a bola passou pelo camisa 11.

Aliás, a decepção no primeiro tempo ficou por conta de Ronaldinho Gaúcho, ainda mais com Diego Souza no banco.

O segundo tempo começou sob o som de uma ola, o que é mau sinal, porque, normalmente, ola na arquibancada é reflexo de futebol monótono no campo.

Mas, desta vez, não foi.

Porque em erro duplo de Dedé, a Argentina atacou e obrigou Jefferson a fazer sua primeira defesa no jogo, mandando a escanteio um chute de Fernández.

E porque, em seguida, uma saída de bola perfeita de Cortês para Borges,deste para Danilo e de Danilo para Lucas, redundou numa arrancada do são-paulinho até quase dentro do gol, abrindo o placar, aos 8.

Aos 14, Bollatti entrou em campo para se juntar a Guiñazu e Montillo que já estavam em campo desde o início do jogo.

Aos 24, Lucas, cansado de correr tanto num gramado(?) tão pesado, deu lugar, ovacionado, a Diego Souza, enquanto Neymar já dava seu show particular, distribuindo dribles para todos os gostos.

Quatro minutos depois, Borges, com câimbras por jogar num gramado (?) tão desgramado, saiu, aplaudido, para entrar Fred.

E aos 30, Cortês, que errou no jogo todo só uma vez, puxou o ataque com Diego Souza que deu açucarado para Neymar ampliar: 2 a 0.

Então, perdidos por dois, perdidos por dez, os argentinos foram à frente e Jefferson apareceu como aquilo que é hoje em dia, o melhor goleiro brasileiro.

Cortês também teve câimbras, e você já sabe por que, e saiu, ovacionado, para a entrada de Kléber.

E o que começou com o hino, acabou em olé.

A Seleção B do Brasil passou bem pela seleção B ou C da Argentina.

Por Juca Kfouri*

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