17/10/2011

Estudo mostra que o café pode ter efeito protetor de sintomas da depressão entre mulheres

O estudo, publicado no periódico Archives of Internal Medicine, mostra que as mulheres que bebem café são menos propensas a vir a sofrer de depressão. De acordo com os pesquisadores, isso acontece porque a cafeína provoca alterações químicas no cérebro.

Desde 1996, o autor do estudo, Michel Lucas, e sua equipe do Harvard Medical School acompanham mais de 50 mil mulheres (com média de 63 anos) que não apresentavam sintomas de depressão. Ao longo de uma década, o seu consumo de café foi medido por intermédio de questionários.

Durante esse período, a equipe identificou mais de 2,6 mil casos de depressão. Quando comparado com as mulheres que consumiam uma xícara de café com cafeína ou menos por semana, aqueles que consumiram de duas a três xícaras por dia tiveram uma diminuição de 15% no risco relativo de depressão. Aquelas que consumiram quatro ou mais xícaras por dia tinham uma redução de 20% no risco relativo. Não foi encontrada associação entre a ingestão de café descafeinado e risco de depressão.

Apesar dos resultados, Michel aponta que este estudo observacional não pode provar que o café com ou sem cafeína reduz o risco de depressão, mas apenas sugere a possibilidade de um efeito protetor. “São necessárias novas investigações para confirmar os resultados e determinar se o consumo de café com cafeína habitual pode contribuir para a prevenção ou o tratamento de depressão”, conclui.

Nenhum comentário: