14/11/2011

A Seleção diz adeus a 2011. Que já vai tarde…

Tinha grama!

O que, em se tratando da história recente dos jogos da Seleção Brasileira, já foi um progresso.

E o time do Egito, embora sem Quéops, Quéfren e Miquerinos, não é lá essas coisas.

Mas sabe jogar, está em 29o. lugar do ranking da Fifa, um degrau abaixo do Paraguai, e foi sete vezes campeão africano (1957/1959/1986/1998/2006/2008/2010).

Verdade que participou apenas duas vezes de Copas do Mundo, em 1934 e 1990, quatro jogos, duas derrotas e dois empates.

E, num clima bem amistoso, o primeiro tempo transcorreu sob domínio brasileiro, sem maiores emoções, com o sistema defensivo nacional não dando chance aos egípcios, com Hulk se sobressaindo e dando o primeiro para Jonas, aos 38 minutos, em Doha, capital do Qatar.

O segundo tempo seguiu no mesmo diapasão, apesar da inversão feita de lados entre Hulk e Jonas.

O atacante do Porto gosta de jogar pela direita e assim vinha fazendo e se dando bem, mas, sabe-se lá por que, foi para a esquerda.

Mano Menezes parece que agora deu para inventar, além de fazer caretas sem parar.

Para sua sorte, aos 13, em cobrança de falta, Fernandinho desviou, o goleiro deu rebote e Jonas não perdoou de novo para fazer 2 a 0.

O terceiro gol não saiu umas três vezes por acaso e Diego Alves, o goleiro brasileiro, só teve que defender três bolas mais difíceis durante os 90 minutos.

Já estava de bom tamanho para a despedida da Seleção da temporada de 2011, pífia em termos de resultados e vexaminosa na Copa América, eliminada pelo Paraguai depois de perder quatro cobranças de pênaltis, numa das jornadas mais inesquecivelmente vergonhosas do futebol brasileiro.

Mais até do que o gramado em que a Seleção pentacampeã mundial jogou no Gabão na sexta-feira passada.

Melhor que as múmias da CBF esqueçam de 2011 e trabalhem melhor no ano que vem.

Por Juca Kfouri*

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